Treinador de atleta araponguense vítima de racismo fala em "pior dia da carreira"

Horas após a partida final de Handebol dos XXXV Jogos Abertos de Cambé, realizada na noite desta segunda-feira (25), que teve que ser encerrada aos 08 minutos do segundo tempo, após a torcida local ofender o atleta Matheus Ângelo da Silva, da equipe de Arapongas, chamando-o de "Macaco", o treinador do time, Levi Aparecido Xavier, com mais de 23 anos de experiência, fez uso de seu perfil no Facebook para relatar que aquele era um dos piores momentos de sua carreira.
Ainda segundo Levi, ele e seu atleta sentem orgulho de serem "pretos".
"Hoje foi um dos piores momentos em 23 anos de Handebol. Matheus Ângelo da Silva, o nosso FEJÂO, somos pretos sim e temos orgulho da cor que Deus nos deu!. Liberem o perdão sobre este senhor pois ele terá que prestar conta um dia para o cara la de cima", afirmou o treinador.
O senhor a qual Levi se refere, é o pai de um dos integrantes do time de Cambé, de quem teriam partido os primeiros insultos.
De acordo com os próprios integrantes da comissão de arbitragem da partida, cabe ao próprio atleta decidir se registra boletim de ocorrência contra o autor das injúrias. A injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece a pena de reclusão de um a três anos e multa.

O caso

Um fato bastante negativo marcou a final do handebol masculino dos XXXV Jogos Abertos de Cambé, realizada na noite desta segunda-feira (25). A partida entre os donos da casa e o time de Arapongas, realizada no ginásio de esportes João de Deus Almeida, foi encerrada logo aos 08 minutos do segundo tempo, após a torcida local xingar o atleta araponguense Mateus Ângelo, de 20 anos, de "Macaco".
Devido ao clima tenso o árbitro preferiu encerrar a partida quando o placas apontava 17 x 15 para o time da cidade vizinha, que acabou sagrando-se campeão.

Foto: Arquivo pessoal

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