Justiça solta madrasta que deixou criança sozinha em casa, em Arapongas

A juíza Renata Maria Fernandes Sassi, da 2ª Vara Criminal de Arapongas, concedeu liberdade provisória a Dalcinéia Hardt, de 36 ano, acusada  de deixar o enteado de apenas três anos sozinho em casa, o qual acabou perdendo a vida.

A madrasta, que teria a responsabilidade de cuidar da criança na ausência do pai, foi presa e indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), no entanto acabou libertada mesmo sem ter pago a fiança arbitrada em R$10 mil. Para a justiça, além de condições de pagar o referido valor, a ré, que é primária, não trará prejuízos à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal mesmo estando solta.

Para se manter fora das grandes, ao menos por enquanto, Dalcinéia terá apenas que cumprir algumas medidas, como não se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização judicial e comparecer sempre quando intimada.

O caso repercutiu nacionalmente e provocou forte indignação.

A ocorrência

Segundo relato do pai, no última dia 21 de novembro, a criança tinha ficado sob os cuidados da companheira dele, mas quando ele chegou em casa, por volta das 17h30, encontrou a criança sozinha e ferida. O socorro foi chamado, mas o menino não resistiu. 

Conforme o relatório da Polícia Militar (PM), o pai acredita que, possivelmente, o filho subiu em uma cadeira para pegar uma chave que estava pendurada em um armário na cozinha, se desequilibrou e caiu. No entanto, a polícia prefere aguarda a conclusão dos laudos, que vão indicar oficialmente a causa da morte do menino.

Além disso, as investigações continuam para verificar todas as circunstâncias da morte, inclusive a responsabilidade do pai, que vivia com a mulher há aproximadamente cinco meses.

Segundo o que já foi apurado, o menino era criado pelos avós paternos desde o fim de 2016. Por alguma razão ainda não esclarecida, os avós deixaram a criança com o pai naquela semana.



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