Startup do Paraná cria sistema para o pagamento de dízimo com cartões

Três amigos de uma cidade no sudoeste do Paraná lançaram em maio deste ano um sistema que promete facilitar a cobrança do dízimo em igrejas por todo o país. O Dízimo Fiel permite que o pagamento seja feito com cartões de débito e crédito.

De acordo com um dos fundadores da startup, Marcos Nonemacher, a ideia surgiu há cerca de dois anos, quando eles trabalharam ajudando uma paróquia em Dois Vizinhos, cidade onde moram. Durante uma quermesse, eles perceberam que havia dificuldades para controlar o dinheiro que entrava e saía e também a emissão de comprovantes de pagamento para os frequentadores da festa.

Os amigos, então, passaram a desenvolver o projeto não só para a paróquia que frequentavam, mas também para outras igrejas. Segundo Nonemacher, o processo é mais seguro, pois os pagamentos caem direto nas contas bancárias das instituições, sem intermediários. "Antes, no processo manual, o dinheiro passava por várias mãos. Ficava a dúvida se chegava de fato à igreja", diz.

O sistema funciona de forma simples. As igrejas recebem uma máquina para fazerem as transações com cartões de crédito e débito. A empresa também fornece também um sistema para identificar quem fez os pagamentos e gerenciar a entrada e saída do dinheiro dos fieis.

Segundo Nonemacher, as instituições recebem os valores integrais dos pagamentos, com desconto apenas da taxa de manutenção cobrada pelas operadoras de cartões. A startup é remunerada mensalmente pelas igrejas, para garantir o suporte ao sistema.

Atuação em 12 estados

Atualmente, a empresa atua apenas com a Igreja Católica e já tem clientes em 12 estados brasileiros. A startup recebe incentivos da prefeitura de Dois Vizinhos e funciona na Incubadora Tecnológica Sudotec, que fica na cidade. A expectativa dos sócios é de recuperar o investimento em um prazo de três a cinco anos.

Nonemachar diz que muitos párocos têm apoiado a iniciativa. Ele afirma que nas próximas semanas um projeto piloto com o uso do Dízimo Fiel deve ser aplicado nas igrejas da Arquidiocese de Curitiba. "Está acontecendo uma mudança do dinheiro em espécie para as moedas digitais. A Igreja tem que se adaptar à essa nova realidade", acredita.

Fonte: G1 PR (Samuel Nunes)

Imagem: Divulgação

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