Endividamento do paranaense é o menor desde julho de 2016
85,6% dos paranaenses possuem dívidas em março e 9,9% não terão condições de pagar
| Total de endividados | Com contas em atraso | Não terão condições de pagar | Condição de pagar totalmente | Total de Endividados Nacional | |
mar/16 | 84,4% | 27,0% | 10,3% | 30,1% | 60,3% | |
abr/16 | 82,9% | 26,0% | 10,0% | 32,0% | 59,6% | |
mai/16 | 83,6% | 29,0% | 12,3% | 25,2% | 58,7% | |
jun/16 | 85,5% | 30,0% | 12,8% | 22,2% | 58,1% | |
jul/16 | 87,4% | 26,9% | 10,6% | 24,5% | 57,7% | |
ago/16 | 89,1% | 26,6% | 9,9% | 30,6% | 58,0% | |
set/16 | 89,1% | 27,1% | 10,7% | 32,5% | 58,2% | |
out/16 | 88,1% | 25,0% | 9,9% | 32,4% | 57,7% | |
nov/16 | 87,8% | 25,6% | 9,0% | 36,4% | 57,3% | |
dez/16 | 87,1% | 28,9% | 11,9% | 31,0% | 58,7% | |
jan/17 | 87,0% | 27,6% | 12,3% | 26,4% | 55,6% | |
fev/17 | 86,2% | 26,5% | 10,8% | 30,9% | 56,2% | |
mar/17 | 85,6% | 27,9% | 9,9% | 30,8% | 57,9% |
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), aponta nova redução no índice de famílias endividadas no Paraná. No mês de março, 85,6% dos paranaenses estão endividados. O índice de endividamento no país ficou na média de 57,9% neste mês.
O percentual das contas em atraso foi de 27,9% e 9,9% disseram que não terão condições de quitar suas dívidas, menor índice dos últimos quatro meses. No cenário nacional, 23,7% das famílias estão com contas atrasadas e 9,9% não conseguirão pagá-las.
A inadimplência atinge metade (50,3%) das famílias que estão com contas em atraso, indicador que apresentou alta com relação a fevereiro (49,8%). A média de atraso no pagamento das dívidas é de 62 dias.
Endividamento conforme a renda
O consumidor com maior poder aquisitivo, que sempre foi o mais endividado, reduziu seu patamar de endividamento e equiparou-se às demais classes sociais no mês de março, com 85,6% das famílias endividadas. A partir de julho de 2016 o endividamento das famílias com renda superior a 10 salários mínimos passou de 90%, chegando a 94,1% em janeiro desse ano. A redução no endividamento entre as classes A e B começou a cair em fevereiro.
Por ter a renda mais restrita, as famílias das classes C, D e E estão com maior dificuldade para pagar suas contas, sendo que 35,5% estão com débitos vencidos, contra 18,9% entre as famílias das classes A e B. É também nestas classes que está o maior índice inadimplência, que atinge 52,3% dos que estão com contas atrasadas. Entre as famílias com maior renda, 40,7% estão com contas atrasadas há mais de 90 dias, o que permite sua inclusão nos serviços de proteção ao crédito.
O percentual de famílias que não conseguirão pagar as dívidas em atraso também é maior entre aquelas com renda até dez salários mínimos. Dentre o total de entrevistados, 11,2% acreditam que não terão condições de quitar suas dívidas, ante 4,8% nas famílias com renda superior a dez salários mínimos.
Tipos de dívida
O cartão de crédito permanece como o principal agente de endividamento, com 71,1%, seguido pelo financiamento de automóvel (9,8%), financiamento imobiliário (8,6%), carnês (4%) e crédito pessoal (3,2%).
O financiamento imobiliário é maior entre as classes com poder aquisitivo elevado, com 11,2% ante 8% entre as famílias com renda até dez salários mínimos. Por outro lado, as dívidas para compra de carro são um pouco maiores entre as classes C, D e E, com 9,9% contra 9,1% nas classes A e B. A utilização de carnês, cheque pré-datado e do cheque especial para parcelamentos também é mais comum entre os consumidores de menor poder aquisitivo. Já o empréstimo consignado e o crédito pessoal são mais utilizados entre as famílias de maior renda.
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